sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Retrocesso
Avon financia testes em animais na China



Em novembro de 2011 a PETA (People for the Ethical Treatment of Animal) removeu da lista de empresas cruelty-free a Avon, que até então era muito conhecida e respeitada pelo mundo por sua política de não testar seus produtos em animais não humanos e pelo encorajamento de métodos alternativos de testes de segurança de cosméticos e incluiu a companhia entre as empresas que fazem testes em animais. Isso deixou muitos consumidores veganos dos produtos da empresa atordoados sobre o porquê desse retrocesso. Entende-se por vegano pessoas que não consomem nenhum produto de origem animal, além de esmiuçar a composição de cada produto antes de adquiri-lo, desde sabonetes, cremes até outros produtos, que passam por uma análise detalhada antes da compra.
A Avon estava incluída na lista cruelty-free da PETA por mais de duas décadas, mas daí veio uma notícia de que ela estava pagando por testes em animais na China, não se qualificando mais para ser listada como cruelty-free, passando para a lista de companhias que testam sim em animais.
Pelos testes em animais serem requeridos pelo governo chinês antes de muitos produtos cosméticos poderem ser comercializados na China, algumas companhias escolhem não vender seus produtos lá.
A PETA  vem apoiando os esforços do Instituto pelas Ciências In Vitro (http://www.iivs.org), que está provendo treinamento para cientistas na China no uso de métodos não animais de teste e trabalhando com membros do governo para aceitarem os métodos não animais que são usados nos EUA, na União Europeia e em muitas outras partes do mundo. Além disso, vem demandando da Avon contribuição significativa no esforço de apressar o processo.

Sabendo desse fato, um consumidor dos produtos Avon resolveu entrar em contato com a Cia. e cobrar explicações, além de dizer também que não consumiria mais os produtos da empresa enquanto ela não parasse de pagar testes animais na China. Teve a seguinte resposta:

“Obrigado por compartilhar seus pensamentos.
Obrigado por nos contatar.
O comprometimento da Avon em não testar em animais é o mesmo que tem sido por mais de vinte anos. Nada mudou, e nós continuamos a estar em comunicação com a PETA sobre o assunto. Nós sempre temos deixado bem claro que a Avon não conduz testes em animais “exceto quando exigido pela lei”. A Avon faz negócios em mais de cem países, e uma pequena porção desses países tem leis que requerem testes em animais. A Avon é apenas uma de uma longa lista de empresas de beleza globais que encaram a mesma questão. As únicas companhias que não vivem isso são aquelas que comercializam seus produtos em um número limitado de países. No entanto, em todo caso, antes de cumprir a lei, a Avon faz um esforço de boa-fé para persuadir a autoridade exigente a aceitar dados de testes não animais.
Para colocar isso em perspectiva, a Avon oferece aproximadamente 9 mil produtos em mais de 100 países, e em 2011 menos de 0,3% desses milhares de produtos da Avon foram testados em animais tal como exigido pela lei (isto são três décimos de 1% – 9000 x 0,003). Nossa meta é levar esse número a zero. É importante notar que a Avon independentemente substancia a segurança de seus produtos sem qualquer teste em animais e todo o programa global de segurança de produtos é calcado na oposição a testes desnecessários em animais e no respeito ao bem-estar animal. Em 1989 a Avon foi a primeira grande empresa de cosméticos no mundo a estabelecer uma política de não testar em animais. A única razão que uma pequena porção de produtos serem testados em animais é porque alguns governos ainda precisam aceitar o uso de abordagens alternativas cientificamente válidas para assegurar a segurança.
Embora não possamos falar em nome da PETA, nós acreditamos que eles tenham decidido se tornar defensores mais agressivos na arena global com o foco em mudar leis na porção de países que requerem testes em animais para cosméticos. Avon e PETA compartilham o objetivo comum de persuadir os governos a aceitarem alternativas de abordagem cientificamente válidas aos testes em animais. A Avon está trabalhando junto com outras empresas globais de beleza para obter a aceitação de alternativas aos testes em animais ao redor do mundo.
É importante notar também que a Avon oferece empregos e oportunidades econômicas para indivíduos ao redor do mundo, com 6,5 milhões de representantes de vendas ganhando dinheiro para sustentar a si mesmos e a suas famílias – e a vasta maioria das representantes de vendas são mulheres. Isso inclui muitas na China para quem as oportunidades econômicas são muito limitadas.
Representantes de vendas e consumidores da Avon podem continuar usando os produtos da Avon com confiança.
        Susan Heaney
        Equipe de Responsabilidade Corporativa da Avon
A Avon está comprometida em ser uma cidadã global responsável. Saiba mais em http://responsibility.avoncompany.com/

O que quer dizer que a Avon faz testes em animais não apenas na China, mas também numa quantidade indeterminada, dita pequena, de outros países. 

Se você é vegan, ou simpatizante da causa, saiba que o PEA (Projeto Esperança Animal), uma ONG brasileira em defesa dos animais, tem uma lista de empresas que não realizam teste de seus cosméticos em animais. Dentre as empresas brasileiras consideradas “amigas dos animais”, estão a Àgua de Cheiro, Contém 1 g, Embellezze e O Boticário.
O PETA (People for the Ethical Treatment of Animal), uma das organizações mais importantes pró-animais, também possui listas semelhantes com empresas internacionais.

Fonte: Portal Virgula e PEA (WWW.pea.org.br)
Cobaias de cosméticos

'Necessários', 'cruéis' ou as duas coisas, os testes em animais ainda soam como um tabu na área da beleza; e o público interessado fica sem informação

Em simulação realista feita na vitrine de uma loja, em Londres, a ativista Jacqueline Traide se submete a testes realizados em bichos pela indústria
Assista também ao vídeo:
ANDREA VIALLI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA


A pressão de consumidores pelo fim dos testes em animais na indústria de cosméticos tem levado alguns países a reformularem a legislação do tema. Na União Europeia, a meta é acabar com esses testes até 2013. No Brasil, já se começa a estudar as alternativas às cobaias, mas discutir o tema parece tabu.
Embora muitas empresas respondam que não usam bichos em estudos de novos produtos, falta transparência. São raras as embalagens que trazem a informação.
No mundo, os testes estão na berlinda por serem considerados cruéis. Todos os anos, cerca de 100 milhões de bichos são empregados em pesquisas científicas só nos EUA, segundo estimativa da Peta, ONG de proteção animal famosa pelas suas campanhas com celebridades.
Coelhos, hamsters e camundongos são usados em laboratórios para verificar se componentes de cosméticos podem causar irritação ou alergia em humanos. Em geral, essas avaliações são feitas com novos ingredientes. Para testar se um novo xampu pode irritar os olhos, por exemplo, substâncias são pingadas diretamente, por dias, em córneas de coelhos.

NA VITRINE

Para chamar a atenção sobre o tema, uma ativista britânica se submeteu a um protesto que chocou Londres, em abril. Jacqueline Traide, 24, passou dez horas exposta na vitrine de uma loja de cosméticos sendo submetida a todo tipo de "tortura": imobilizada, teve o cabelo raspado, recebeu injeções, foi forçada a engolir substâncias e produtos foram aplicados em seus olhos como se ela fosse uma cobaia.
O objetivo do ato foi simular alguns dos procedimentos mais comuns que acontecem na indústria da beleza.
Mas já há alternativas para a maior parte dos testes feitos hoje em seres vivos.
Algumas dessas tecnologias in vitro ainda precisam ser validadas (ter eficácia científica comprovada) no Brasil. Os métodos alternativos também são mais caros, o que demanda maior investimento das empresas.
Fora do Brasil, o caminho do consumidor interessado em escolher marcas de cosméticos que não usam cobaias é mais rápido. Muitos fabricantes informam sobre isso nos rótulos. Há selos de certificação, como o "Cruelty Free" (veja à pág. 7), concedido pela Peta após pesquisas. Além disso, a ONG também divulga listas, atualizadas semana a semana, com os nomes das empresas que testam e das que não testam em animais. A relação está disponível em www.peta.org.
Por aqui, a veterinária Gabriela Toledo criou o Pea (Projeto Esperança Animal). A ONG também apresenta uma lista em seu site (www.pea.org.br) das empresas que não realizam testes em animais no Brasil. Para constar na lista, basta o fabricante fazer uma declaração atestando que não realiza o procedimento.
"No começo, íamos atrás das empresas questionando sua política de testes. Muitas nos ignoravam ou enviavam respostas evasivas. Hoje, são elas que nos procuram", diz Toledo. A lista brasileira tem 97 empresas.
A saída é a rotulagem obrigatória, na opinião da veterinária. "Saber se determinado produto foi testado ou não em animais é direito do consumidor, mas é negligenciado."
Até marcas que afirmam ter banido esses testes, como Unilever, P&G e Natura, não colocam essa informação nas embalagens.
"Faz parte da conduta da empresa não fazer propaganda sobre esses benefícios nos rótulos", afirma Elisabete Vicentini, gerente de segurança do consumidor da Natura. A companhia aboliu os estudos em cobaias em 2006. A Abiphec, entidade que reúne fabricantes de cosméticos e produtos de uso pessoal, ressalta que "a informação não é obrigatória e vai da decisão da empresa".
Um projeto de lei sobre bem-estar animal que prevê, entre outros pontos, a obrigatoriedade de informar sobre testes em bichos nas embalagens dos cosméticos, está parado na Câmara há cinco anos. "As coisas mudaram, há mais consciência sobre essa questão. Não dá mais para ficarmos sem legislação sobre o assunto", acredita o deputado federal Ricardo Trípoli (PSDB-SP), autor da proposta.


Conheça as empresas
Dentre as empresas brasileiras consideradas “amigas dos animais”, estão a Àgua de Cheiro, Contém 1 g, Embellezze e O Boticário.
O PETA (People for the Ethical Treatment of Animal), uma das organizações mais importantes pró-animais, também possui listas semelhantes com empresas internacionais.



No link abaixo possui a lista de empresas internacionais que realizam testes em animais.

No link abaixo possui a lista de empresas internacionais que não realizam testes em animais.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Fale sem medo: campanha contra a violência doméstica


      Já presente em quase todo o mundo, a campanha da Avon contra a violência doméstica chega ao Brasil com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância do respeito à integridade física e psicológica da mulher, em especial no ambiente familiar.
      De acordo com estimativa da Anistia Internacional e da Organização Mundial de Saúde (OMS), 1 em cada 3 mulheres já sofreu violência, que é a maior causa de morte nas que têm entre 16 e 44 anos. Calcula-se que 70% dessa violência vêm ocorrendo dentro do ambiente familiar. O mais grave é que cerca de 60% dessas mulheres sentem medo e constrangimento. Por isso, sofrem caladas, sem tomar qualquer tipo de atitude para sair do círculo da violência.
     Os esforços da iniciativa do Brasil somam-se à campanha mundial da Avon, Speak Out against Domestic Violence, que existe desde 2004 e já investiu, por meio da Avon Foundation, mais de 6 milhões de dólares em ações para reduzir os índices desse tipo de violência contra a mulher. Aqui a campanha é coordenada pelo Instituto Avon, que trabalha por causas relacionadas à saúde e ao bem-estar da mulher desde 2003.
A campanha no Brasil
      A Avon acredita, com base em dados e pesquisas, que a violência doméstica é um problema complexo, de dimensões muito amplas, envolvendo pessoas de todas as regiões, profissões e classes sociais. Mas ele pode ser contido por meio de mudanças comportamentais, muita informação, conscientização e aplicação de leis.
       O primeiro passo da campanha no Brasil é sensibilizar 1,2 milhão de revendedoras autônomas Avon e 6 mil funcionários da empresa, para o conhecimento do problema e a disseminação de informações. Além disso, eles serão orientados a divulgar amplamente o telefone 180, da Central de Atendimento à Mulher, que tem demonstrado ser um ótimo canal para as vítimas de violência buscarem apoio e saídas para enfrentar o problema.
Uma série de vídeos Fale sem Medo
       Uma das mais importantes ações da campanha é a exibição de vídeos nos Encontros de Negócios, reuniões realizadas periodicamente com revendedores autônomos.
       A série conta com cinco títulos que apresentam o problema da violência doméstica de forma madura, consciente, mostrando que se trata de um tema complexo e delicado. Não basta apenas falar de agressor e agredido, mas sim de mudança cultural. Há demonstração de estatísticas, casos reais e depoimentos de especialistas, enfatizando que é possível modificar o cenário e que isso também exige pequenas ações cotidianas, ao alcance de todos, além de programas e leis capazes de restaurar a paz entre os envolvidos.
Pulseira da Atitude e Lei Maria da Penha
      Uma pulseira foi criada pela Avon e lançada mundialmente para ser vendida pelas revendedoras autônomas. A arrecadação é destinada a projetos que possam reduzir os índices de violência doméstica.
      A atriz norte-americana Reese Witherspoon é a Embaixadora Global da Avon e coube a ela apresentar a Pulseira da Atitude durante a segunda edição do Global Summit for a Better Tomorrow (Encontro Anual por um Amanhã Melhor), em Nova York.
      A pulseira traz o símbolo do infinito em metal prateado, representando um futuro sem limitações para as mulheres. Mas essas infinitas possibilidades dependem de a mulher estar segura, autônoma, saudável, em condições de buscar seus sonhos e transformá-los em realidade.
      Em nosso país, toda a arrecadação é doada ao escritório regional Brasil/Cone Sul do Fundo de Desenvolvimento da ONU para a Mulher (Unifem). A instituição é parceira mundial da Avon. O objetivo é promover a ampla divulgação da Lei Maria da Penha, criada em 2006 para combater a violência doméstica contra a mulher. Vários públicos serão impactados, inclusive operadores da lei.

Fonte: Avon

Outubro Rosa: Avon Contra o Câncer


         Outubro é um mês especial dentro da campanha Avon Contra o Câncer de Mama, coordenada pelo Instituto Avon, que arrecada fundos para financiar a construção e aparelhamento de centros de prevenção, com capacidade para oferecer a usuárias do SUS, em um mesmo local, os exames necessários para descobrir precocemente o câncer de mama e, assim, oferecer maior chance de cura.  
          De 15 a 31 de outubro, gerentes de setor da companhia se unem às revendedoras autônomas e criam suas próprias mobilizações em prol da causa. No ano passado, foram mais de 100 eventos em todo o 
País, como um abraço em uma praça ou hospital, um momento de contemplação assistindo ao pôr do sol, entre outras tantas idéias criativas. 
           Mobilizações desse tipo reforçam o compromisso da Avon com a causa da detecção precoce do câncer de mama, e convidam toda a sociedade a incorporar o movimento.  Elas ocorrem por todo o Brasil, além de cerca de  outros 50 países onde a Avon está presente, já que a empresa investe globalmente na diminuição das taxas de mortalidade por câncer de mama. Até o fim de 2009, Avon e Avon Foundation for Women comemoram o investimento  de mais de US$ 650 milhões em programas que melhoram a vida 
das mulheres, sendo que a maior parte dos fundos é para a causa do câncer de mama. 


             Em São Paulo, dia 18 de outubro (vídeo acima), o Parque Ibirapuera foi palco de grande evento que contou com serviços, entretenimento, esportes e conscientização. Haverá aulas de maquiagem, ioga, alongamento, pilates, reflexologia e shiatsu, além  de palestras de nutrição e espaço kids, para que as mães tivessem onde deixar seus filhos para participar da mobilização.  Mulheres com mais de 40 anos sairão do parque com data certa para posterior realização de mamografia via SUS. O dia teve outras surpresas, como 
intervenções teatrais com a companhia Curumins e aulas de street dance e bangra (dança indiana). 
              No Brasil, em seis anos de existência, a campanha Avon contra o Câncer de Mama já arrecadou mais de 18 milhões de reais, doados ao Instituto Avon e aplicados em 66 projetos que promovem a detecção precoce do câncer de mama. A campanha traz em todas as suas peças o laço rosa, símbolo utilizado mundialmente pela Avon e muito divulgado durante o Avon Walk Around the World for Breast Cancer.

Fonte: Avon Brasil

Qual o momento para a mudança na cultura organizacional?

Sherilyn McCoy, CEO da Avon desde 23 de abril de 2012. Substituiu Andrea Jung, que ocupava o posto desde 1999. Andrea permanece no conselho de administração da Cia.
 
        Sherilyn McCoy, nova CEO da Avon, tem pela frente uma lista intimidadora de desafios: uma auditoria interna que investigará, durante três anos, acusações de suborno pago pela empresa ao governo chinês; uma investigação da SEC sobre supostos vazamentos que beneficiaram alguns analistas; possíveis ofertas de aquisição de dois interessados diferentes, além de um perfil de desempenho de vendas precário e desvalorização das ações da empresa em cerca de 50% em 2011.
          Não há dúvida de que McCoy recorrerá a três décadas de experiência na Johnson & Johnson — mais recentemente como presidente mundial da área de produtos farmacêuticos —, mas não poucos observadores receiam que ela talvez não tenha a capacidade necessária para reerguer a empresa, de 126 anos, restituindo-lhe a condição de companhia inovadora especializada na venda direta de cosméticos ao consumidor. Contudo, todos concordam que para ser bem-sucedida, McCoy terá de pôr fim às controvérsias atuais e voltar às raízes da empresa, isto é, à venda direta de porta em porta.
        "É evidente que ela tem as qualificações necessárias", observa Lawrence Hrebiniak , professor de administração da Wharton, acrescentando que essa falta de familiaridade com o modelo de negócios da Avon significa que McCoy está diante de uma curva de aprendizagem excepcionalmente pronunciada. Seu maior desafio, diz ele, consiste em reposicionar uma marca cuja CEO anterior, Andrea Jung, descaracterizou no decorrer dos últimos anos ao tentar recriar a Avon transformando a empresa numa potência da área de varejo que competiria com rivais do porte da L'Oreal. Contudo, a Avon jamais teve a mão de obra ou os recursos para tanto, diz Hrebiniak, no momento mesmo em que se afastava de um modelo de vendas diretas já consagrado. "Jung instilou uma incerteza estratégica na empresa, que ainda está em posição de decidir o que quer ser quando crescer."

A rede social original
                    
        Peter Fader , professor de marketing da Wharton, diz que McCoy precisa levar a Avon de volta à sua base de clientes. "Há sinais de que a empresa está indo em outra direção — preocupando-se com a marca e com coisas triviais, em vez de tirar proveito do profundo conhecimento que tem de sua clientela", diz Fader. "A empresa tem um dom", acrescenta, que não está sendo totalmente valorizado como deveria ser.
Com o advento das mídias sociais e de outras tecnologias, muitas empresas estão procurando agora se concentrar no cliente, o que significa não apenas se esforçar para entendê-lo melhor, mas também identificar os principais meios mais importantes para isso — uma estratégia que a Avon tem seguido há mais de um século através do contato pessoal com sua clientela. "Existe atualmente uma festa em torno dos modelos de negócios — semelhantes aos da Avon — que são francamente diretos", observa Fader, autor de um livro recente intitulado Customer centricity ["A centralidade do cliente"].
As empresas também estão recorrendo às mídias sociais para promover o marketing de boca a boca feito pelos clientes procurando se beneficiar dele. É mais uma estratégia já utilizada pela Avon, ao seu modo, praticamente desde o início da empresa, transformando o cliente assíduo em representante de vendas em tempo integral, assinala Leonard Lodish , professor de marketing da Wharton. O site da empresa inclusive acena para sua antiga rede social ao se referir ao seu modelo de vendas diretas como a "rede social original" da empresa. Na página com o histórico da companhia há uma seção intitulada "Delegação de poderes e rede social [...] Muito antes do Facebook".
"Pessoas que vendem cosméticos para os amigos e conhecidos é algo que está bem no centro da mídia social moderna", observa Lodish. "Trata-se de um método interessante de distribuição", do tipo que sempre confiou na possibilidade de "tirar proveito das relações pessoais".
       Contudo, de acordo com um artigo do The Wall Street Journal a Avon ainda precisa melhorar muito até poder usar as mídias sociais como ferramenta de vendas. Um número cada vez maior de consumidores compra cosméticos online, uma tendência já capitalizada pelos concorrentes da Avon: Sephora.com, Beauty.com, Drugstore.com e Mary Kay, informa o artigo. Embora a Avon tenha criado um catálogo eletrônico para iPhone e aplicativos Android para algumas de suas marcas, "os representantes de vendas dizem que a empresa não tem se empenhado tanto quanto deveria para ajudá-los a conquistar clientes através de ferramentas novas, como as mídias sociais, smartphones e tablets".
Desde que foi inaugurada, em 1886, a Avon sempre se especializou nas vendas de porta em porta. Nas últimas décadas, seus representantes ampliaram o espaço de trabalho e as vendas online. Houve até representantes que abriram lojas próprias da marca. A empresa também trabalha com vendas online, mas nenhum de seus produtos é distribuído através de lojas tradicionais de varejo. No final de 2011, a empresa registrou um total de US$ 11 bilhões em vendas. Somente cerca de 20% da receita da Avon vem dos EUA, o restante vem dos 99 países em que a companhia opera.

Suborno e outras coisas

              Embora a Avon ofereça a McCoy uma rede social fantástica, a empresa também a sobrecarrega com uma sequência de quatro anos de inúmeras polêmicas, entre elas alegações de suborno. Jung, ex-CEO da empresa, assumiu a direção executiva da companhia em 1999, tornando-se assim a mulher com mais tempo à frente de uma empresa incluída no ranking da Fortune 500. Ela se tornou conhecida por promover mulheres a cargos de comando e por rotular a Avon de "A Empresa da Mulher" [The Company for Women].
              Contudo, em 2008, sob a administração de Jung, os executivos da empresa foram acusados de subornar autoridades do governo chinês. Dois anos antes, a empresa fora a primeira a obter licença para venda direta. A investigação foi ampliada para outros mercados emergentes — Brasil, México, Argentina, Índia e Japão. No ano passado, quatro executivos tiveram de deixar suas funções como consequência das descobertas feitas. Em 2011, a SEC começou uma investigação própria sobre as alegações de suborno e possíveis violações da Lei de Práticas de Corrupção no Exterior. A SEC faz também uma investigação em separado movida por acusações de que executivos da Avon teriam vazado informações para alguns analistas. No ano passado, a empresa perdeu terreno no Brasil devido à instalação precária do sistema de informática da empresa que deixou frustrados os representantes de vendas.
               Com a ampliação da investigação no ano passado, e com o declínio das vendas, o preço das ações da empresa caiu 45%. No quarto trimestre de 2011, a receita mundial da empresa caiu 4%, com exceção do México, que registrou crescimento. As ações da companhia estão sendo negociadas hoje a US$ 22 aproximadamente, o que representa um aumento de 25% em relação ao início do ano, mas é menos do que os US$ 31 a que estavam sendo negociadas nessa mesma época no ano passado. O artigo do Wall Street Journal, que citava uma análise de Sanford C. Bernstein, informa que o lucro operacional por representante de vendas nos EUA caiu 75% no decorrer da década passada.
No mês passado, a Avon foi alvo de duas ofertas hostis de aquisição. No fim de março, a empresa rejeitou um lance de US$ 10 bilhões (US$ 23,25 por ação) da Coty, fabricante privada de produtos de beleza. Nas últimas semanas, corriam rumores de que a Richmont Holdings, de propriedade de John Rochon, ex-CEO da rival Mary Kay, cogitava em fazer uma oferta hostil pela Avon.
Enquanto McCoy tenta resolver todos esses problemas, muitos deles surgidos durante a gestão de Jung, esta continuará na empresa como "presidente executiva" do conselho. Ela planeja permanecer na função durante dois anos em que "trabalhará próxima da nova CEO dando suporte à administração estratégica geral da empresa e ao posicionamento da marca", conforme press release da companhia. Sempre que um ex-CEO continua na empresa com uma função importante, raramente as coisas vão bem para o novo executivo, diz Lodish. "É uma situação incomum, e creio que cerceará muito o trabalho de McCoy."

A nova mulher da Avon

             Outro desafio que McCoy terá de enfrentar é descobrir como tornar a "mulher da Avon" mais atraente. Inúmeros representantes de vendas estão deixando a empresa e poucos estão ingressando. Só no quarto trimestre de 2011, a força de vendas da Avon caiu 3%. As quedas foram mais acentuadas na América do Norte e na Rússia.
              Hrebiniak diz que McCoy precisa "dar uma sacudida na cultura" e redefinir o que significa vender produtos da Avon, principalmente se quiser atrair mulheres mais jovens para sua equipe de vendas. "McCoy terá de revitalizar a companhia com novos incentivos e salários mais altos", diz. "Ela terá de aumentar o prestígio da marca e criar muita empolgação."
              Como nova ocupante da direção executiva da Avon, McCoy terá de recrutar representantes de vendas nos mercados emergentes, onde muitas mulheres ainda têm pouca oportunidade de emprego fora de casa, conforme explica Monica McGrath, professora adjunta de administração da Wharton.
Além disso, diz McGrath, McCoy deveria explorar a proximidade emocional que muitas mulheres ainda têm com a empresa, procurando ao mesmo tempo tornar mais atraente a ligação de uma nova geração com a Avon. "Muita gente nutre um sentimento caloroso e nostálgico em relação à marca. Para a geração da minha mãe, era o único trabalho possível para a mulher que assumia a maternidade", diz. "McCoy precisa descobrir uma maneira de despertar esse tipo de sentimento."



Fonte: Wharton Universia

terça-feira, 18 de setembro de 2012

O resultado de ações que visam simplesmente o lucro resultam em...


     No início do ano, a empresa do porta-a-porta Avon comercializava em seu catálogo de produtos livros da Editora Central Gospel, de propriedade de do pastor Silas Malafaia.

     Entre os livros distribuídos pela Editora e que estavam à venda nos folhetos Avon estava o "A estratégia: o plano dos homossexuais para transformar a sociedade'', escrito pelo também pastor Louis Sheldon.
No início do mês de abril, ativistas LGBTs criaram um abaixo-assinado na internet para que a empresa de cosméticos não comercializasse em seu catálogo os livros do pastor homofóbico.
     Os protestos contra a revenda de tais livros pela empresa se espalharam pelas redes sociais. 

A Avon chegou a emitir um comunicado oficial na sua página no Facebook onde dizia ter "como um de seus mais importantes pilares o respeito à diversidade, em todos os seus aspectos, e busca atender de forma ampla e democrática aos consumidores de mais de 100 países, oferecendo uma ampla variedade de cosméticos e outros produtos - entre eles os livros -, para atender à pluralidade de preferências, ideias e estilos de vida".
     Após toda a repercussão, o folheto "Moda e Casa" divulgado no último dia 13 de junho pela empresa, não traz mais na seção livraria nenhum título da editora de Malafaia. Não se sabe ainda se a retirada dos livros da Editora Central Gospel do catálogo é provisória ou permanente, porém até a campanha 18 (são trabalhadas 20 campanhas no ano). A Avon não emitiu nenhuma nota oficial sobre o assunto.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Beleza com responsabilidade e respeito à natureza!

Viva o Amanhã mais Verde!


Você conhece o Viva o Amanhã Mais Verde (Hello Green Tomorrow)? Desde 2009 a Avon Brasil, através de uma parceria com a The Nature Conservancy (TNC), desenvolve o projeto que tem como objetivo restaurar a mata atlântica do sudeste do país, e já vem rendendo muitos frutos, tendo contribuido com o replantio de mais de 1,6 milhão de árvores. Parte do projeto Plant a Billion Trees, a TNC convida as empresas a contribuírem com a restauração da Mata Atlântica.
              A missão desse programa é inspirar um movimento ambiental feminino a partir de uma doação inicial da Avon para o plantio e regeneração assistida de 1 milhão de árvores na Mata Atlântica na América do Sul e arrecadação adicional de fundos para restaurar seu ecossistema vital a um custo de apenas  US$ 1 dólar por árvore – ou o correspondente em moeda local. Este valor é somado aos recursos de parceiros locais e garante a restauração de 400 hectares de Mata Atlântica, garantindo não somente a restauração deste importante bioma brasileiro, mas também a garantia do abastecimento de água em qualidade e quantidade e a regulação do clima.
      O Viva o Amanhã Mais Verde vai se beneficiar da rede mundial de relacionamentos de mais de 6,2 milhões de revendedoras Avon em todo o mundo. Esse verdadeiro contingente feminino vai dar impulso a um movimento ambiental ao arrecadar doações e ajudar a mudar a percepção do público quanto às questões ambientais. Com sua extensa rede, a Avon está em posição privilegiada para engajar pessoas e apoiar importantes causas.
Para que todos possam contribuir com esse projeto a Avon está disponibilizando para a venda nos seus folhetos da Avon as camisetas Hello Green Tomorrow, produzidas através de uma parceria com a grife Iodice e feitas com malha produzida a partir da reciclagem de garrafas PET. Todo o lucro da camiseta, subtraído os custos de produção, será revertido para o projeto. Disponível em modelos masculino, feminino e infantil por apenas R$ 12,90.
Fonte: Avon

domingo, 9 de setembro de 2012

Ações de responsabilidade social

 

História e missão


     O Instituto Avon foi criado em 2003, com a missão de direcionar o investimento social da Avon no Brasil, como Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.

     A mulher é o foco das ações do Instituto, por isso, tudo o que possa promover a qualidade de vida de forma integral está entre as prioridades da organização. Essa preocupação inspira a definição das causas, os critérios para seleção de projetos apoiados e todo o trabalho da equipe, assim como a relação com parceiros e colaboradores.

     O Instituto Avon acredita em ações transformadoras. Sua filosofia é a de que a mobilização da sociedade civil pode trazer resultados com real capacidade de mudar para melhor a realidade da mulher brasileira. A forma prática de colocar essa filosofia em ação é identificar, fortalecer e fomentar a rede de organizações existentes, apoiando projetos e incentivando a troca de experiências.

     Em nome dessa missão e baseado em critérios técnicos e éticos, como articulador, o Instituto Avon destina recursos financeiros a projetos operados por terceiros. Durante a fase de execução, gerencia todo o recurso investido, monitorando as ações e os resultados.

     Tudo isso para a mulher brasileira ser mais saudável, feliz, ter consciência plena de seus direitos. E, alcançar uma condição de vida com qualidade.

     Esse trabalho integra-se ao posicionamento da Avon desde seu surgimento, há mais de 120 anos: a certeza de que a força da ação conjunta, em rede de relacionamentos, é capaz de promover grandes conquistas. Não somente em relação a negócios, como também a causas que possam trazer mais autonomia e fortalecimento para as mulheres, e, em consequência, para toda a sociedade.
 
 
Fonte: Avon

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

História da Avon

Esse blog foi criado para a disciplina de Gestão da Reputação e Responsabilidade Social Corporativa. A empresa escolhida para o acompanhamento das ações de RSC foi a Avon, uma empresa renomada no campo da beleza e iremos descrever as ações da empresa.
Segue história da empresa:



Avon Cosméticos ou simplesmente Avon, é uma empresa norte-americana de cosméticos fundada em 1886 como California Perfume Company. O nome Avon surgiu em 1939, inspirado pelo dramaturgo inglês William Shakespeare, que nasceu na cidade de Stratford-upon-Avon, que é cortada pelo rio Avon. Hoje é uma empresa mundialmente conhecida.

A Avon foi fundada em 1886 por David McConnell no bairro de Manhattan em Nova Iorque. Aos 20 anos de idade, iniciou sua carreira comercial vendendo de livros aos seus clientes de porta em porta. Para agradá-los, passou a distribuir frascos de perfume que um amigo farmacêutico produzia como brinde. Para sua surpresa, ele percebeu que o perfume fazia mais sucesso que os livros. Foi aí então, que descobriu os fatores essenciais para o sucesso de seu negócio: a grande aceitação dos produtos de perfumaria e a eficácia do sistema de venda porta a porta.

Ao deparar-se com este enorme potencial de mercado, McConnell fundou, em 1886, a California Perfume Company (Companhia de Perfumes da Califórnia), iniciando suas operações de vendas em domicílio em uma pequena sala alugada no centro de Nova Iorque, com a produção de apenas cinco fragrâncias. Após dar início às operações da empresa, McConnell convidou uma antiga amiga que trabalhava com ele na empresa de livros, Florence Albee, para ajudá-lo a revender seus produtos.

Orientada por McConnell, Albee implantou um sistema típico e pioneiro de vendas, contratando promotoras de vendas, que passaram a promover a venda dos produtos a donas de casa, que, motivadas, passaram a exercer uma atividade comercial, independente e lucrativa. Amigos, vizinhos e parentes seguiram a ideia, cujo sucesso foi absoluto. Essas mulheres, então, passaram a oferecer os produtos batendo de porta em porta, e comunicando-se diretamente com o público consumidor.

Em pouco tempo, o sistema apresentou resultados surpreendentes e, dez anos mais tarde, a Avon já contava com mais de 25 mil revendedoras atuando em todos os Estados Unidos. Cabe ressaltar que naquele tempo, em todo o mundo, não havia esta oportunidade de trabalho para as mulheres, das quais não se esperava mais do que o cumprimento das funções domésticas. Elas não eram ouvidas, não tinham voz ativa nas decisões e não tinham direito ao voto.

O crescente sucesso de vendas alcançado pela Avon fez com que, a partir da decada de 1950, a empresa deixasse marcada a sua grande expansão internacional iniciada em 1914, quando ultrapassou as fronteiras americanas e alcançou o Canadá. Em 1959, ela já estava instalada na Inglaterra, Alemanha e Brasil. Em1966 ela havia chegado à França, Bélgica, Países Baixos, Itália, Espanha e Portugal. Outros tantos se seguiram, e hoje está presente em mais de 100 países.

Com sede em Nova York, EUA, a Avon Products Inc. - que tem 18 fábricas instaladas em 15 países - apresenta um faturamento líquido de aproximadamente US$ 5,7 bilhões ao ano. Essa significativa participação no mercado da beleza coloca a Avon entre as primeiras no ranking das empresas mundiais no segmento, tendo a Avon Brasil como seu segundo maior mercado, somente atrás do mercado norte-americano.

Fonte: Avon